"Antes de descobrir nas drogas a fonte ideal de alívio necessário à sensação de desconforto que o persegue, o dependente químico pode ter experimentado e frequentemente abusado de comida, televisão, sexo, trabalho, perigo, jogo, esportes, religião, meditação, etc. No caso dos dependentes químicos, essas dependências foram insuficientes para manter sua necessidade de alívio".
Os prejuízos neurológicos, cognitivos e relacionais causados pelas substâncias são em sua maioria irreversíveis, progressivos e passam despercebidos pelo indivíduo. Os danos físicos e sociais quando percebidos impulsionam, ainda mais, o dependente químico a uma insaciável busca pelos efeitos da droga.
A necessidade de buscar constantemente a droga altera a vida do dependente afetando as relações familiar, social e profissional, trazendo para o indivíduo um intenso sofrimento físico e emocional. Assim, o tratamento da dependência química envolve o indivíduo e toda sua rede social afetada.
Onipotência: o indivíduo acredita estar sempre no controle;
Megalomania: tendência exagerada a crer na possibilidade de realizar um intento visualizando sempre o resultado;
Manipulação: mentalidade de que tudo se faz pela realização de seus desejos, principalmente pela obtenção e uso de substâncias psicoativas;
Obsessão: atitudes insanas pelo desejo de consumir drogas;
Compulsão: atitudes desconexas, incoerentes com a realidade provocadas pelo desejo intenso e necessidade de continuar a consumir a substância;
Ansiedade: necessidade constante da realização dos desejos;
Apatia: Falta de empenho para a realização de objetivos e metas;
Autossuficiência: mecanismo de defesa usado para afastar da consciência os sentimentos de inadequação social gerando uma falsa sensação de domínio;
Autopiedade: um tipo específico de manipulação que o dependente usa para conseguir realizar algum propósito;
Comportamentos antissociais: repertório comportamental gerado pela instabilidade emocional que o indivíduo desenvolve sem estabelecer vínculos tendo sua imagem marginalizada pelo meio social;
Paranoia: desconfiança e suspeita exagerada de pessoas ou objetos, de maneira que qualquer manifestação comportamental de outras pessoas é tida como intencional ou malévola.